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O Parque Nacional da Peneda Gerês é considerado o grande “embaixador” do território na Região Norte.
Parcerias:
O Parque Nacional da Peneda Gerês é considerado o grande “embaixador” do território na Região Norte, não apenas enquanto elemento natural, mas também enquanto espaço para a prática de desporto aventura. Este espaço transfronteiriço foi declarado Reserva Mundial da Biosfera (Reserva da Biosfera Transfronteiriça “Gerês - Xurés”) em maio de 2009. Para além do valioso património de recursos endógenos, alberga ainda comunidades rurais, que caraterizam a paisagem humanizada do PNPG, e que se mostram fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas, pois as atividades agrícolas e de silvopastorícia que aí se desenvolvem são a determinantes para a sustentabilidade do território. Contudo, assiste-se nas últimas décadas a uma sucessiva diminuição da população presente no PNPG e ao envelhecimento da população residente, evidenciando o fenómeno de desertificação humana. De acordo com o Programa Nacional da Política e Ordenamento do Território
(PNPOT) esta é considerada uma “área crítica” em termos de densidade populacional, sendo por isso considerada um território de baixa densidade.
Muitos dos projetos desenvolvidos para o PNPG centram-se na dinamização das atividades turísticas e de desporto de natureza e na comunicação destas atividades, existindo um espaço cuja exploração e análise se mostra fundamental para a dinamização do PNPG – Agricultura e todas atividades ao setor agroalimentar. Esta área foi identificada neste projeto como a área do Agronegócio do PNPG. De acordo com relatório desenvolvido pela CCDRN, no âmbito do plano de valorização da Reserva da Biosfera/ Parque Nacional da Peneda Gerês, de fevereiro de 2016, existem eixos prioritários de intervenção para o PNPG, nomeadamente os eixos 1 - IMAGEM E IDENTIDADE e 2 - DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÓMICO (II.1. Valorização dos Recursos Endógenos e das Atividades Tradicionais). É neste contexto que surge a presente candidatura e que visa a revitalização dos setores produtivos tradicionais do PNPG, centrada na área do agronegócio.
Qualquer estratégia de revitalização e de promoção da atividade agroalimentar do PNPG carece que uma caracterização profunda da realidade, sendo para o efeito desenvolvido um mapeamento que permita obter não só a georreferenciação das empresas, mas também uma informação profunda das mesmas, nomeadamente sobre o tipo de organização, o tipo de produção e de produtos, as formas de comercialização, os principais problemas e debilidades existentes. Esta informação permitirá à equipa do projeto e à comissão de acompanhamento, definir uma estratégia de intervenção que passa necessariamente pela capacitação dos produtores e dos empresários, em diferentes domínios, desde domínios técnicos até ao domínio da transmissão de propriedade e liderança nos negócios/empresas familiares. No projeto estão já identificadas algumas fileiras produtivas, consideradas estratégicas, pelo envolvimento de recursos humanos residentes e pelo potencial económico e de valorização de recursos endógenos que representam. Destacam-se as fileiras do mel, das aromáticas e medicinais (PAM) e da fruticultura (Pomoideas), onde para além da capacitação dos agentes se intervirá ao nível da valorização dos produtos, quer pela sua proteção comunitária (DOP, IPGP e ETG), quer pela integração na rede internacional Slow Food, enquanto produtos únicos e com história, quer pela implementação de roteiros que permitam aos visitantes do PNPG conhecer e degustar estes produtos, como por exemplo o Roteiro das Infusões para valorizar as PAM.
O projeto visa ainda uma análise das empresas alvo, relativamente ao seu potencial de inovação, à melhoria dos circuitos de comercialização e à identificação de redes de cooperação que visem uma maior rentabilização dos recursos e um aumento de escala para posicionamento dos produtos no mercado. Paralelamente a estas ações serão implementadas ações de demonstração, recorrendo a casos de sucesso existentes na Europa, em condicionalismos territoriais idênticos ao do PNPG. Estas ações visam uma aprendizagem prática e uma capacitação das entidades e associações com intervenção no PNPG, permitindo ainda o desenvolvimento de redes de cooperação com estes casos bem-sucedidos. Mas as ações de demonstração são igualmente aplicadas aos produtores/empresários, quer em seminários organizados para apresentação de projetos análogos, quer através de uma missão à Galiza, onde a aprendizagem no terreno se mostra valiosa para o conhecimento de experiências e de projetos implementados e bem-sucedidos, que aportaram dinâmicas no território e que contribuíram para a fixação de jovens e para o desenvolvimento económico.
Em resposta ao eixo 1 - IMAGEM E IDENTIDADE, pretende-se criar uma Marca para o PNPG, que seja reconhecida por todos e na qual todos se sintam representados. Será desenvolvido todo processo, não só de criação da Marca mas também da sua comunicação, suportada numa plataforma, a qual agregará também o mapeamento do agronegócio (plataforma WEBSIG) e que poderá ser utilizada como um instrumento de apoio à gestão e à tomada de decisão pelas entidades e associações com intervenção no PNPG.
Esperamos no final do projeto melhorar as condições de produção, transformação e comercialização agroalimentar, recuperar a DOP do Mel das Terras Altas do Minho e desenvolver um conjunto de conteúdos (relatórios, ebooks, atas, seminários, proceedings, etc), com resultados e desafios para o futuro, que possam depois ser continuados sob coordenação dos membros da comissão de acompanhamento. Acima de tudo, estes resultados, que integram ideias e oportunidades de negócio servirão para que os mais jovens se sintam motivados a investir e a permanecer no território, contribuindo para o rejuvenescimento da população residente do PNPG.